Quando abriu o portátil verificou que estava tudo na mesma, ainda ninguém tinha acedido àquela estranha e secreta pasta.
Rafael estava cada vez mais impaciente: já tinham passado vinte e dois dias desde o início das investigações e nada se sabia ao certo sobre o assassino de Josefina e, mais tarde, de Luciano.
O portátil deu sinal de bateria fraca. Então antes que ficasse descarregado, o detective foi buscar o carregador. Quando se aproximou do seu computador, verificou que alguém já tinha tido acesso à pasta. Ligou o portátil ao carregador e sem hesitar foi verificar quem tinha entrado na pasta.
Ele nem queria acreditar no que os seus olhos viam. “Não pode ser como é possível! Nunca esperei que fosses tu!”.
Rafael verificou o que continha aquela criminosa pasta: eram mails direccionados para um homem que talvez pudesse estar envolvido no crime. Poderia ser o cúmplice da tal inesperada pessoa que assinara Josefina e talvez Luciano.
O investigador estava muito impressionado e sem saber o que fazer para desmascarar a pessoa que cometera o crime. Seria um pouco agressivo para a restante família saber assim de repente quem era o criminoso. “Não lhes posso contar esta desagradável notícia assim directamente! Seria injusto para eles Os seus corações já têm angústia que chegue. Tenho de arranjar alguma maneira de desmascarar sem que esta o descubra”.
O nervosismo causara-lhe fome. Ora, para pensar no que havia de fazer, o seu estômago tinha que ser bem recheado. Voltou à cozinha:
- Maria!
- Diga senhor!
- Ainda há, aí, algumas bolachitas? – Perguntou Rafael.
- Há sim, meu senhor. O doutor Rafael hoje está com um apetite! - Exclamou Maria, de alguma maneira admirada com o apetite do investigador.
De volta ao trabalho, já com a barriguinha cheia, o detective pôs-se a pensar e teve uma ideia. Ele queria montar uma armadilha, mas para isso precisava da ajuda de alguém que fosse da família, ou muito próximo dela, para que ninguém desconfiasse. Teve alguns momentos de meditação para descobrir o seu cúmplice na sua “caça ao criminoso”. “Já sei!”A única pessoa que o podia ajudar sem dúvida nenhuma era a criada. Ela tinha acesso a tudo e todos confiavam nela, por isso qualquer movimento que fizesse quase que não causaria suspeita nenhuma.
Por isso, voltou para a cozinha para falar com ela:
- Maria! - Diga senhor! Não me diga que vem outra vez às bolachas! - Retorquiu Maria.
- Não. (sorriu). Venho para que me ajudes a descobrir o criminoso!
- Eu?! Mas meu senhor, não sei em que lhe posso ser útil!
- És a pessoa que mais próxima desta família. E acredita que conheces muito bem o criminoso!
- Ai, não me diga!
- Sim! E por isso preciso da tua ajuda! - Afirmou Rafael.
- Quem é esse maldito? - Perguntou Maria, com um ar desesperado.
- Serás a primeira pessoa a saber, mas, por enquanto, só te peço que me ajudes, e que, quando forem 10horas da noite, vás ter comigo à biblioteca, para combinarmos tudo, porque penso que a essa hora estás dispensada do serviço.
- Sim senhor, lá estarei! – Exclamou Maria com convicção.
Já o sol se tinha posto há algumas horas quando Maria foi ter com Rafael à biblioteca.