Rafael, quando saiu do quarto, foi até ao pátio para organizar as ideias. Começou a pensar, a pensar, a pensar…e chegou à conclusão de que quem tinha mais motivos para matar Josefina era a sua filha. Mas fazia-lhe muita confusão: uma filha matar a própria mãe?...
Entretanto, Rafael não queria parar as suas investigações. Como um bom investigador, pretendia sempre saber mais e mais.
Da janela da cozinha, Maria, avistou Rafael. Como não tinha nada para fazer naquele instante, foi ter com ele.
- Está muito inquieto, Sr. Doutor, – Afirmou Maria – posso ajudá-lo em alguma coisa?
- Já que pergunta se preciso de ajuda, acho que não vou negar. – Respondeu o inspector.
- Então diga lá o que quer saber. Se eu souber, respondo com todo o prazer – concordou Maria.
O inspector perguntou-lhe se sabia com quem é que Lena tinha saído na noite do terrível crime. Maria, com toda a sinceridade, disse-lhe que a única coisa que Lena lhe dissera antes de sair fora: “Vou sair, não volto muito tarde, mas não venho jantar.”
- Nisto fechou a porta e saiu. – Concluiu a criada - Nem tive tempo de perguntar à menina Lena com quem ia sair!
- Muito obrigado dona Maria, está a dar-me uma ajuda preciosa na descoberta do criminoso deste crime tremendo. – Agradeceu Rafael.
- Não tem nada que agradecer, eu também quero saber quem foi o assassino! - exclamou Maria – Mas se já não quer saber mais nada, vou até à minha humilde cozinha ter com os meus tachos e procurar a faca para preparar a carne para o jantar.
Esta conversa ainda deu mais que pensar a Rafael. E onde estará a faca? Quem foi que tirou a faca da cozinha da dona Maria? Será que foi com a faca que mataram Josefina? Eram estas as perguntas sem respostas que navegavam na cabeça do inspector.
Para tentar encontrar resposta a alguma destas perguntas foi fazer uma pequena busca à casa da família Queirós.
(Liliana)
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